![]() |
Soajo, Parque Nacional da Peneda-Gerês |
A
região natural do Gerês abrange os dois lados da fronteira
estatal luso-espanhola e ignora os limites administrativos do Minho,
Trás-os-Montes e Galiza. Em Portugal, foi criado em 1971 o Parque
Nacional da Peneda-Gerês, o único parque nacional português. Na
Galiza, foi criado em 1993 o Parque Natural do Baixo Lima-Serra do
Gerês (Baixa Limia-Serra do Xurés, na ortografia oficial da
Junta da Galiza). Em 1997 foi definido o Parque Transfronteiriço
Gerês-Xurés, englobando os dois parques limítrofes em Portugal e
na Galiza. Em 2009 a UNESCO reconheceu e estabeleceu o conjunto
destes parques como Reserva Mundial da Biosfera, com a denominação
oficial de Reserva da Biosfera Transfronteiriça Gerês-Xurés, com
base na continuidade biogeográfica da zona. Além do contínuo
natural, de elevada biodiversidade, os dois parques estão unidos
pela cultura ancestral dos povos da região.
O
Parque Nacional da Peneda-Gerês abrange áreas de 22 freguesias dos
concelhos portugueses de Arcos de Valdevez, Melgaço, Montalegre,
Ponte da Barca e Terras de Bouro, numa superfície de 69.592 ha
(702,9 km²). É constituído pelas serras da Peneda, Soajo, Amarela
e Gerês. O ponto mais situa-se no pico da Nevosa, na serra do Gerês,
com 1.546 m de altitude (ou em Cornos da Fonte Fria, com 1.456 m).
O
Parque Natural do Baixo Lima-Serra do Gerês alto abrange áreas dos
concelhos galegos de Bande, Entrimo, Lobios, Muinhos e Calvos de Randim. É constituído pelas
serras do Laboreiro, Queguas, Quinjo, Santa Eufémia, Gerês
(Xurés) e Pena, numa superfície de 20.920 ha
(209 km²).
O
Parque Transfronteiriço Gerês-Xurés está integrado na Região
Biogeográfica Atlântica da Rede Natura 2000, da União Europeia.
A
origem do topónimo Gerês é pré-românica. O local indicado em
textos medievais com o nome Ugeres ou Ogeres (Aquis
Oreginis / Originis / Ocerensis), seria onde se
localiza agora Banhos de Rio Caldo, no concelho galego de Lobios, ou
então Caldas do Gerês, no concelho português de Terras de Bouro.
Segundo Edelmiro Bascuas, o étimo de O Xurés, ou O Gerês,
seria *Ugerense, derivado da raiz hidronímica pré-romana
*ug*, com o sentido de «húmido» ou de «rio», com o
derivativo pre-romano -er- e o sufixo latino -ensis.
Também
Amílcar Guerra, em Algumas questões de toponímia pré-romana do
Ocidente peninsular, relaciona Gerês com Ocaera,
Ocaerensis e Ogerinis. Dessas formas derivaria o nome
medieval do Gerês, atestado em documentos medievais como alpes
Ugeres, mons Ugeres, mons Ugeredi, Ogeres.
Por
outro lado, José Pedro Machado, no Dicionário Onomástico
Etimológico da Língua Portuguesa, defende a origem de Gerês (e
Geira) no latim Caesaria, «imperial», «de César».
Entre
as grafias de Gerês encontra-se também Gerez, Jerez e
Jurez, para além da grafia oficial moderna Xurés
preconizada pela Junta da Galiza.
Peneda é uma palavra relacionada com penedo, pena, penha ou penhasco, com o significado de pedra grande, rochedo, rocha, fraga, elevação de terreno. No latim vulgar é pena, penna, pennia, variante de pinna, «rocha», «merlão»; do céltico penn.
Para além de muitas formas compostas, entre outros topónimos relacionados com Peneda encontramos: Pena, Penedas, Penedais, Penedão, Penedelo, Penedia, Penedinho, Penedinhos, Penediscos, Penedo, Penedões, Penedos, Penha.
A palavra parque tem origem no francês parc, «terreno cercado; parque». Do baixo latim parricu, «cerca; tapada», do pré-latim *parra ou do germânico *parruk; antigo alto alemão pfarrih.
O topónimo Gerês
não tem relação com Jerez de la Frontera (Xerez da Fronteira), na
Andaluzia, cujo nome tem origem no árabe Sherish, talvez do
fenício Xera.
http://www.icnf.pt/portal/ap/pnpg
http://www.icnf.pt/portal/ap/resource/ap/pnpg/brochur2013 https://dre.pt/application/dir/pdf1sdip/2011/02/02501/0000200030.pdf http://www.reservabiosferageresxures.com/Biblioteca/PNPG.pdf
http://www.parquenaturaldoxures.com/
http://www.valorgeres-xures.pt/gca/?id=585 http://www.parquenaturaldoxures.com/descargas/mab_geres_xures_09.pdf http://www.parquenaturaldoxures.com/descargas/mapa.pdf
http://portal.unesco.org/science/en/ev.php-URL_ID=7661&URL_DO=DO_TOPIC&URL_SECTION=201.html http://ec.europa.eu/environment/nature/info/pubs/docs/brochures/nat2000_atlantic.pdf http://www.patrimoniocultural.pt/media/uploads/revistaportuguesadearqueologia/rpa15/05_RPA15_JAlarcao.pdf
http://ifc.dpz.es/recursos/publicaciones/25/25/06guerra.pdf
http://illa.udc.es/rgf/pdf/RGF_05_enteiro.pdf
Para além de muitas formas compostas, entre outros topónimos relacionados com Peneda encontramos: Pena, Penedas, Penedais, Penedão, Penedelo, Penedia, Penedinho, Penedinhos, Penediscos, Penedo, Penedões, Penedos, Penha.
A palavra parque tem origem no francês parc, «terreno cercado; parque». Do baixo latim parricu, «cerca; tapada», do pré-latim *parra ou do germânico *parruk; antigo alto alemão pfarrih.
http://www.icnf.pt/portal/ap/pnpg
http://www.icnf.pt/portal/ap/resource/ap/pnpg/brochur2013 https://dre.pt/application/dir/pdf1sdip/2011/02/02501/0000200030.pdf http://www.reservabiosferageresxures.com/Biblioteca/PNPG.pdf
http://www.parquenaturaldoxures.com/
http://www.valorgeres-xures.pt/gca/?id=585 http://www.parquenaturaldoxures.com/descargas/mab_geres_xures_09.pdf http://www.parquenaturaldoxures.com/descargas/mapa.pdf
http://portal.unesco.org/science/en/ev.php-URL_ID=7661&URL_DO=DO_TOPIC&URL_SECTION=201.html http://ec.europa.eu/environment/nature/info/pubs/docs/brochures/nat2000_atlantic.pdf http://www.patrimoniocultural.pt/media/uploads/revistaportuguesadearqueologia/rpa15/05_RPA15_JAlarcao.pdf
No comments:
Post a Comment